Batman, símbolo de um Brasil colônia
A figura do ‘Batman’ nas manifestações do Rio é, ao mesmo tempo, cômica e patética. A figura do ‘Batman’, o cavaleiro das trevas, tem se destacado nas últimas manifestações no Rio de Janeiro. Por um lado, trata-se de uma figura pândega pela alusão feita ao justiceiro de Gotham City vivido pelo milionário excêntrico Bruce Wayne. Por outro, reflete a imagem de um povo sem identidade própria que busca num personagem dos quadrinhos alguma esperança de dias melhores. É divertido ver o ‘Batman’ ora acompanhando os manifestantes, ora fugindo da polícia. Ele faz pose, aparece nos jornais, dá entrevistas, fala nos palanques etc. Pode-se até tirar fotos ao lado dele. Até aí nada de mais, mas daí a acreditar no mito como se ele fosse verdade constitui uma dupla insanidade. Em primeiro lugar porque a vida real não é uma história dos quadrinhos. Em segundo lugar porque buscar, ainda que inconscientemente, a solução para problemas nos heróis é uma perda de tempo porquanto eles (desculpe pel