Com os faróis virados para traz ou para frente?
Houve um tempo em que a igreja detinha o conhecimento tanto da ciência quanto de “Deus”. Foi uma época próspera diriam alguns, mas não foi sem dor. Matava-se em “nome de Deus”. As cruzadas por um lado, e o massacre dos anabatistas por outro, são exemplos de um cristianismo que nada tem a ver com o Cristo. “Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas , se qualquer te bater na face direita , oferece-lhe também a outra ” (Mateus 5.39). Se era impossível àquela sociedade lutar contra Deus (na figura da igreja) era possível lutar contra o monopólio do conhecimento clerical. No século XIX comprovou-se o quanto e como haviam erros no conhecimento humano segundo as “bases bíblica”. A igreja, finalmente, perdeu o domínio do conhecimento e acabou por perder também poder sobre o destino das pessoas. A ciência desafiava a igreja e avançava de tal forma que não havia mais saída. Ou ela se fechava em seus dogmas ou se expunha ao açoite do conhecimento científico. Foi nessa época que os