Que Noé é esse?
Vi-me obrigado a assistir o filme para depois dizer algo.
Noé não é um filme bíblico, afirmam as sinopses. “Adaptação do conto bíblico de Noé. De acordo com a Bíblia, Deus estava descontente com a perversidade dos humanos e pretendia destruí-los, poupando apenas os animais e Noé, que ele considerava o único homem justo na Terra. Assim, ele deu ordens a Noé para construir uma arca e abrigar um casal de cada espécie de animal existente na natureza, a fim de protegê-los do dilúvio.”
“... 'In the beginning, there was nothing.' So starts this version of the story centered on Noah (Russell Crowe), the man entrusted by God to save the innocent animals of Earth as the rising floodwaters cleansed the planet of mankind's evil ...”
“Russell Crowe stars as Noah in the film inspired by the epic story of courage, sacrifice and hope. Directed by visionary filmmaker Darren.”
A comunidade ateia, inclusive, sabe disso. “Esta versão não é a da Bíblia, é claro ... O filme simplesmente não foi baseado na Bíblia. ... Aliás, em defesa do diretor, devemos reconhecer que o filme nem sequer foi anunciado como se fosse. “Noé” não é uma adaptação do Gênesis. O filme nunca foi anunciado como “Noé da Bíblia” ou como “A História Bíblica de Noé”.
Trailer
Se alguém desejar assistir filmes bíblicos sobre Noé deixo algumas dicas. A terceira, em minha opinião, é a melhor.
1 - http://www.youtube.com/watch?v=PB-mnNmepR8
2 - http://www.youtube.com/watch?v=Zbrd9qiOyvc
3 - http://www.youtube.com/watch?v=qcoopKWvLZ8 (só em locadora).
Esclarecido este ponto, vamos ao filme. Ele é empolgante, divertido e alguns momentos emocionante. Não é o melhor filme que assisti, mas o recomendo para dois tipos de público. 1) Pessoas que gostam um bom filme; 2) Crentes que saibam ler. O primeiro porque é um filme divertido, o segundo porque quem sabe ler certamente lerá a sinopse antes de julgar o filme como sendo bíblico.
Apesar de não ser bíblico, o filme traz a tona a questão central de toda a bíblia, o pecado – pelo qual entrou o mal no mundo. Outro ponto comum entre ambos, o filme e a Bíblia, é a liberdade do homem em decidir seguir entre dois caminhos, o bom e o mau. Cada escolha é tratada pelo ‘Criador’ de modo diferente, por isso Noé é separado para começar tudo de novo.
Não recomendo o filme de jeito nenhum a crentes que não sabem ler. Esses que já vão para o cinema com o filme “bíblico” na cabeça. Será uma decepção, para não dizer coisa pior.
Curiosamente enquanto esses “defensores” do livro que não conhecem apontam “os piores erros teológicos do filme”, na “Malásia e a Indonésia proibiram a exibição épico norte-americano Noé,” porque ele “é contra as leis islâmicas.” O filme foi censurando também em outros lugares. “Catar, Bahrein e Emirados Árabes proibiram o lançamento do filme, e decisões semelhantes são esperadas de Egito, Jordânia e Kuwait.”
“Além das críticas dos evangélicos, o filme foi alvo também de uma crítica por parte do Vaticano, que em seu jornal oficial “Avvenire” criticou a produção afirmando ter se tratado de uma “oportunidade perdida” e destacou que o filme mostra um “Noé sem Deus”.
Por outro lado, a crítica não religiosa, nos EUA e no Brasil, percebeu o ponto central do filme. “Noé, numa leitura herege – que me perdoem os crentes –, é o maior obsessivo da Bíblia. Ele é o homem que recebeu de Deus a absurda missão de garantir a renovação da criação divina.”
Existem outras críticas ao filme quanto à sua estética etc., mas isso é outro assunto.
Que Noé é esse? É o Noé adaptado pelo judeu/ateu Darren Aronofsky. Um Noé com uma profunda crise existencial.
Termino aqui fazendo minhas as palavras do Estadão. “Noé é fascinante. Sua vida tem a ver com a própria existência da humanidade.”
Noé não é um filme bíblico, afirmam as sinopses. “Adaptação do conto bíblico de Noé. De acordo com a Bíblia, Deus estava descontente com a perversidade dos humanos e pretendia destruí-los, poupando apenas os animais e Noé, que ele considerava o único homem justo na Terra. Assim, ele deu ordens a Noé para construir uma arca e abrigar um casal de cada espécie de animal existente na natureza, a fim de protegê-los do dilúvio.”
“... 'In the beginning, there was nothing.' So starts this version of the story centered on Noah (Russell Crowe), the man entrusted by God to save the innocent animals of Earth as the rising floodwaters cleansed the planet of mankind's evil ...”
“Russell Crowe stars as Noah in the film inspired by the epic story of courage, sacrifice and hope. Directed by visionary filmmaker Darren.”
A comunidade ateia, inclusive, sabe disso. “Esta versão não é a da Bíblia, é claro ... O filme simplesmente não foi baseado na Bíblia. ... Aliás, em defesa do diretor, devemos reconhecer que o filme nem sequer foi anunciado como se fosse. “Noé” não é uma adaptação do Gênesis. O filme nunca foi anunciado como “Noé da Bíblia” ou como “A História Bíblica de Noé”.
Trailer
Se alguém desejar assistir filmes bíblicos sobre Noé deixo algumas dicas. A terceira, em minha opinião, é a melhor.
1 - http://www.youtube.com/watch?v=PB-mnNmepR8
2 - http://www.youtube.com/watch?v=Zbrd9qiOyvc
3 - http://www.youtube.com/watch?v=qcoopKWvLZ8 (só em locadora).
Esclarecido este ponto, vamos ao filme. Ele é empolgante, divertido e alguns momentos emocionante. Não é o melhor filme que assisti, mas o recomendo para dois tipos de público. 1) Pessoas que gostam um bom filme; 2) Crentes que saibam ler. O primeiro porque é um filme divertido, o segundo porque quem sabe ler certamente lerá a sinopse antes de julgar o filme como sendo bíblico.
Apesar de não ser bíblico, o filme traz a tona a questão central de toda a bíblia, o pecado – pelo qual entrou o mal no mundo. Outro ponto comum entre ambos, o filme e a Bíblia, é a liberdade do homem em decidir seguir entre dois caminhos, o bom e o mau. Cada escolha é tratada pelo ‘Criador’ de modo diferente, por isso Noé é separado para começar tudo de novo.
Não recomendo o filme de jeito nenhum a crentes que não sabem ler. Esses que já vão para o cinema com o filme “bíblico” na cabeça. Será uma decepção, para não dizer coisa pior.
Curiosamente enquanto esses “defensores” do livro que não conhecem apontam “os piores erros teológicos do filme”, na “Malásia e a Indonésia proibiram a exibição épico norte-americano Noé,” porque ele “é contra as leis islâmicas.” O filme foi censurando também em outros lugares. “Catar, Bahrein e Emirados Árabes proibiram o lançamento do filme, e decisões semelhantes são esperadas de Egito, Jordânia e Kuwait.”
“Além das críticas dos evangélicos, o filme foi alvo também de uma crítica por parte do Vaticano, que em seu jornal oficial “Avvenire” criticou a produção afirmando ter se tratado de uma “oportunidade perdida” e destacou que o filme mostra um “Noé sem Deus”.
Por outro lado, a crítica não religiosa, nos EUA e no Brasil, percebeu o ponto central do filme. “Noé, numa leitura herege – que me perdoem os crentes –, é o maior obsessivo da Bíblia. Ele é o homem que recebeu de Deus a absurda missão de garantir a renovação da criação divina.”
Existem outras críticas ao filme quanto à sua estética etc., mas isso é outro assunto.
Que Noé é esse? É o Noé adaptado pelo judeu/ateu Darren Aronofsky. Um Noé com uma profunda crise existencial.
Termino aqui fazendo minhas as palavras do Estadão. “Noé é fascinante. Sua vida tem a ver com a própria existência da humanidade.”
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